quarta-feira, 17 de outubro de 2012

NEUROCIÊNCIA E EDUCAÇÃO


De que maneira os estudos neurológicos podem contribuir no trabalho do professor para ajudar o aluno na aprendizagem?


  A Neurociência é e será um poderoso auxiliar na compreensão do que é comum a todos os cérebros e poderá nos próximos anos dar respostas confiáveis a importantes questões sobre a aprendizagem humana, pode-se através do conhecimento de novas descobertas da Neurociência, utilizá-la na nossa prática educativa. A imaginação, os sentidos, o humor, a emoção, o medo, o sono, a memória são alguns dos temas abordados e relacionados com o aprendizado e a motivação. A aproximação entre as neurociências e a pedagogia é uma contribuição valiosa para o professor.
     O foco da educação tem sido o conhecimento a ser ensinado de maneira mecânica e igual a todos os alunos, sem a devida atenção à individualidade, numa demonstração de total falta de consciência da força que possuem os modelos mentais e da influência que eles exercem sobre o comportamento. Por sua vez os alunos, acostumados a perceber o mundo a partir da visão do docente, aceitam passivamente essa proposta pedagógica, desempenhando um papel de receptor de informações, as quais nem sempre são compreendidas e geram conhecimento. Muitas pesquisas no campo educativo apontam o professor como um dos principais protagonistas da educação (DEMO, 2001; ASSMANN, 2001; MORIN, 2002).
Entretanto, proporcionar uma boa aprendizagem para o aluno não depende só do professor, pois é fundamental para uma educação que pretende ajudar o aluno a perceber sua individualidade, tornando-o também responsável pelo ato de aprender, proporcionar a otimização de suas habilidades, facilitar o processo de aprendizagem e criar condições de aprender como aprender. Nesse contexto conhecer o seu padrão de pensamento pessoal e saber como usá-lo é o primeiro passo para ser um participante ativo no processo de aprender. A compreensão de como podemos lidar com certas características pessoais ajudará o aluno a identificar, mobilizar e utilizar suas características criativas e intuitivas, pois cada um aprende no seu próprio ritmo e à sua maneira.
É fundamental que professores estimulem individualmente a inteligência das crianças, empregando técnicas que permitam a cada aluno aprender da maneira que é melhor para ele, aumentando sua motivação para o aprendizado, pois cada pessoa tem de encontrar seu próprio caminho, já que não existe um único para todos (STERNBERG & GRIGORENKO, 2003). Considerando que alunos diferentes lembram e integram informações com diferentes modalidades sensoriais, analisar como as pessoas se relacionam, atuam e solucionam problemas, identificar os estilos específicos da aprendizagem, torna-se bastante útil (WILLIAMS, apudMARKOVA, 2000).
Partindo desse pressuposto, ao professor cabe oferecer, através de sua prática, um ambiente que respeite as diferenças individuais permitindo que os aprendizes se sintam estimulados do ponto de vista intelectual e emocional. Daí a necessidade do educador, consciente de seu papel de interventor responsável pela mediação da informação, buscar estruturar o ensino de modo que os alunos possam construir adequadamente os conhecimentos a partir de suas habilidades mentais. E para isso, é imprescindível que conheçam os significativos estudos da neurociência, uma vez que esses, sem dúvida, influenciam na compreensão dos processos de ensino e de aprendizagem.
 No cérebro humano existem aproximadamente cem bilhões de neurônios (unidade básica que processa a informação no cérebro) e, cada um destes pode se conectar a milhares de outros, fazendo com que os sinais de informação fluam maciçamente em várias direções simultaneamente, as chamadas conexões neurais ou sinapses (BEAR, CONNORS, PARADISO, 2002, p. 704).
Se os estados mentais são provenientes de padrões de atividade neural, então a aprendizagem é alcançada através da estimulação das conexões neurais, podendo ser fortalecida ou não, dependendo da qualidade da intervenção pedagógica.
 O estudo dos processos de aprendizagem e de todos os fatores que os influenciam, constitui um dos maiores desafios para a educação, pois ao entendê-lo e explicitá-lo, ocorre o desenvolvimento do sujeito dentro do contexto sócio-histórico, e é através dele que se forja a personalidade e a racionalidade humana para que o indivíduo esteja apto a exercer sua função social.
 Durante todo ensino fundamental , o professor é visto pelo aluno como um exemplo a ser seguindo e sua opinião é de extrema consideração para o aprendiz. Assim, todo e qualquer parecer do professor em relação ao aluno, torna proporções determinantes para a formação da auto-estima do estudante.
Para a sala de aula, para a educação a Neurociência é e será uma grande aliada para identificar cada ser humano, como único e para descobrirmos a regularidade, o desenvolvimento, o tempo de cada um.
 A Neurociência traz para a sala de aula o conhecimento sobre a memória, o esquecimento, o tempo, o sono, a atenção, o medo, o humor, a afetividade, o movimento, os sentidos, a linguagem, as interpretações das imagens que fazemos mentalmente, o "como" o conhecimento é incorporado em representações dispositivas, as imagens que formam o pensamento, o próprio desenvolvimento infantil e diferenças básicas nos processos cerebrais da infância, e tudo isto se torna subsídio interessante e imprescindível para nossa compreensão e ação pedagógica. Os neurônios espelho, que possibilitam a espécie humana progressos na comunicação, compreensão e no aprendizado. A plasticidade cerebral, ou seja, o conhecimento de que o cérebro continua a desenvolver-se, a aprender e a mudar, até à senilidade ou à morte também altera nossa visão de aprendizagem e educação. Ela nos faz rever o fracasso e as dificuldades de aprendizagem, pois existem inúmeras possibilidades de aprendizagem para o ser humano, do nascimento até a morte.

O cérebro realiza várias tarefas incríveis:

·   controla a temperatura corpórea, a pressão arterial, a freqüência cardíaca e a respiração;
·   aceita milhares de informações vindas de teus vários sentidos (visão, audição, olfato); 
·   controla o movimento físico ao andar, falar, ficar em pé ou sentar;
·   deixa você pensar, sonhar, raciocinar e sentir emoções.


A RELAÇÃO ENTRE O CÉREBRO E A APRENDIZAGEM

Segundo Johnson & Myklebust (1983) o cérebro funciona de forma semi – autônoma, ou seja, um sistema pode funcionar sozinho; pode funcionar com dois ou mais sistemas; ou pode funcionar de forma integrada (todos os sistemas funcionando ao mesmo tempo).
Os sistemas mais presentes no nível de distúrbios neurogênicos são: auditivo, visual e tátil.
Se o professor toma conhecimento deste funcionamento cerebral, pode ressignificar sua prática docente adotando uma didática que caminhe na forma sensório-motora ao funcionamento operatório formal (SOARES, 2003).

 Existem três formas de aprendizagem:

1) aprendizagem Intra – Neurosensorial;
2) aprendizagem Inter- Neurosensorial;
3) aprendizagem Integrativa.

 Vale ressaltar que um tipo ou forma de aprendizagem não é exclusivamente intra-neurosensorial, o que precisa ser pontuado é que se, um sistema estiver comprometido, não necessariamente irá comprometer outros. É neste sentido que uma aprendizagem pode ser estudada como intra – neurosensorial. Já a aprendizagem inter- neurosensorial é o tipo que mais nos interessa (educadores), quando se estabelece uma atuação preventiva.
Estudos mostram que certa aprendizagem ocorre quando dois ou mais sistemas funcionam de forma inter – relacionada. Fazer uso da música em atividades escolares é um recurso valioso, pois há a possibilidade de trabalhar simultaneamente os sistemas auditivos, visuais e até mesmo o sistema tátil (caso a música desencadeie uma dramatização).
A proposta é dar uma aula que 'facilite' o funcionamento inter desses sistemas, sem necessariamente o professor ter que saber, se a melhor forma daquele sujeito em lidar com os objetos externos é: auditiva, visual ou tátil. Montar um planejamento com esses pré- requisitos é uma forma de atuação saudável, onde Educação e Saúde possam caminhar lado a lado.
Conseqüentemente, esta atuação sob este ponto de vista, facilitará outro tipo de aprendizagem – Integrativa.
Se o professor tiver conhecimento da modalidade de aprendizagem do seu aluno, poderá transformar- se em um facilitador do processo ensino – aprendizagem.

DOPAMINA ESTÁ RELACIONADA A COMPORTAMENTO AGRESSIVO


Estudo mostra que pessoas que têm menor nível dessa substância química no cérebro tendem a ser mais agressivas em situações de competição


A agressividade descontrolada pode ser causada pela baixa concentração de dopamina no cérebro. A relação entre o comportamento agressivo e essa substância química foi levantada em trabalho apresentado na edição de 2012 da Reunião Anual da Sociedade de Medicina Nuclear, realizada no último sábado em Miami.
Um grupo de pesquisadores da Universidade de Aachen, na Alemanha, monitorou o cérebro de pessoas enquanto elas jogavam videogame contra um possível trapaceador para relacionar a concentração de dopamina com reações agressivas durante o jogo. 
O funcionamento neurobiológico da agressão não é bem entendido, mas cientistas sabem que existe uma relação entre a serotonina e certos comportamentos agressivos.
Com esse estudo, os pesquisadores queriam descobrir se níveis mais altos de um outro composto químico do cérebro, a dopamina, aumenta a agressividade nas pessoas. Para a surpresa dos cientistas, eles descobriram exatamente o contrário.

"Pessoas com sistemas dopaminérgicos mais funcionais não são mais agressivas em situações competitivas e podem se concentrar ainda mais no jogo. Sujeitos com baixa concentração de dopamina têm maior probabilidade de se distrair do jogo e ter reações intempestivas", diz Ingo Vernaleken, autor principal do estudo e pesquisador da Universidade de Aachen, na Alemanha.

Adversário inexistente — "A agressão e seus mecanismos neurobiológicos em humanos foi pouco estudada no passado. Além disso, a maioria dos estudos anteriores se concentrou na parte mais reativa da agressão, que meramente reflete o comportamento impulsivo e aparenta estar associada ao sistema de serotonina. Essa pesquisa se concentra na associação do sistema dopaminérgico, que reflete a agressão direcionada", diz o estudo.
As pessoas com maior capacidade de síntese de dopamina se aplicaram mais no aspecto de recompensa, ao invés de agir em defesa ou com agressividade contra seus adversários imaginários — já que a dopamina está relacionada a mecanismos de recompensa do cérebro. Enquanto aqueles com baixa capacidade de sintetizar esse neurotransmissor tiveram uma vulnerabilidade de agir de forma agressiva ou defensiva.

"Nós concluímos que um sistema de recompensa em bom funcionamento causa mais resistência contra provocações", diz Vernaleken. "Embora nós não possamos excluir que, em uma situação na qual o sujeito vá se beneficiar diretamente do comportamento agressivo, na falta de alternativas, essa correlação pode ser inversa."

Os pesquisadores explicam que são necessárias pesquisas adicionais para explorar a ligação entre a dopamina e a diversidade de comportamentos agressivos. Eles acreditam que um maior conhecimento sobre estas relações poderia levar a novos tratamentos psicológicos e ao uso de medicamentos para moderar ou impedir um comportamento agressivo.

Saiba mais


DOPAMINA
É um neurotransmissor (substância química que realiza a comunicação entre os neurônios) principalmente associado aos mecanismos de recompensa do cérebro. Alterações da dopamina estão relacionadas a várias doenças, inclusive o Parkinson. A deficiência pode causar tremor, rigidez e lentidão dos movimentos dos pacientes.
SEROTONINA
Serotonina é uma substância química produzida no cérebro que auxilia a regulação do humor, do sono e da capacidade de atenção.


ESTUDO MAPEIA ÁREA DO CÉREBRO RELACIONADA A INTELIGÊNCIA

 Imagens de ressonância magnética revelam correspondência entre conexões do córtex pré-frontal e desempenho intelectual


Por meio de imagens de ressonância magnética, pesquisadores americanos e eslovenos identificaram a correspondência entre a atividade de uma área específica do cérebro, o córtex pré-frontal, e a inteligência de uma pessoa. De acordo com o estudo,  publicado no periódicoNeuroscience, o número e a frequência de conexões cerebrais nessa região é maior em pessoas com melhor desempenho intelectual.
Cientistas já haviam relacionado uma variação de até 6,7% na inteligência de uma pessoa ao tamanho de seu cérebro e de até 5% às atividades neurais no córtex pré-frontal. A nova pesquisa foi mais longe e identificou que a frequência da atividade no lado esquerdo do córtex pré-frontal (atrás da testa) responde por uma variação de até 10% do desempenho intelectual.
Para desenvolver a pesquisa, o neurocientistas Michael W. Cole, da universidade de Washington, tomou por inteligência a capacidade de uma pessoa resolver problemas de lógica em situações inusitadas, independentemente do conhecimento adquirido. “A inteligência depende de dois fatores: ter um córtex pré-frontal que faça bem o seu trabalho e fazer com que ele se comunique bem com o resto do cérebro”, diz Todd Braver, da universidade de Washington,  coautor do estudo, feito em parceria com cientistas das universidades americanas de Colorado, Yale e de Liubliana, na Eslovênia
Central de distribuição - De acordo com os cientistas, uma possível explicação é que o córtex pré-frontal atua como se fosse uma central de distribuição de dados, monitorando e influenciando outras regiões do cérebro. “Há evidências de que a parte esquerda do córtex pré-frontal é a responsável por nos ajudar a manter o foco”, diz Cole.
Para chegar a estas conclusões, os pesquisadores realizaram vários testes com voluntários. Primeiro, fizeram a ressonância magnética do cérebro enquanto eles descansavam. Depois, fizeram mais uma captação de imagens das atividades neurais enquanto eles eram submetidos a diversos desafios mentais, como os testes de lógica. Depois, compararam os dados a testes adicionais de inteligência e controle cognitivo. Os resultados mostraram elevadas taxas de conexão entre o córtex pré-frontal esquerdo e o restante do cérebro quando os voluntários foram submetidos aos testes de inteligência. Assim, concluíram que atividades neurais intensas nesta região são um indício de maior capacidade para detectar e resolver problemas.
Segundo Cole, a descoberta pode oferecer novos caminhos para compreender como as interferências nessas conexões cerebrais contribuem para o déficit de controle cognitivo em casos de doenças mentais, como a esquizofrenia.

RECONHEÇA OS SINAIS DE DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM DO SEU FILHO


Observar como a criança faz as lições de casa e o que 


diz sobre a escola ajuda a identificar problemas sérios


É possível perceber desde cedo se seu filho tem dificuldades escolares ou algum transtorno mais sério. Se a criança está indo mal na escola, o primeiro passo é conversar com os professores, para saber se os problemas de aprendizado são pontuais ou já persistem há algum tempo.
Outra ação, recomenda Sandra Torresi, professora de neuropsicologia na Universidade de Morón, na Argentina, é checar se a visão e audição da criança estão bem. “Quem não enxerga o que está na lousa e nos cadernos ou não ouve a professora não aprende.” Eliminando a chance de algum problema sensorial, é hora de buscar indícios de distúrbios de aprendizado.
Confira algumas dicas:
> O primeiro e mais claro sinal de dificuldades escolares ou transtornos é o baixo desempenho na escola. Procure saber se seu filho está sempre atrás em relação aos colegas, tem notas muito baixas ou não consegue aprender conteúdos básicos.
> A criança que tem desempenho médio, mas realiza um esforço extraordinário ou faz tudo com lentidão acentuada também deve ser observada. 
> Fique de olho se há quedas inesperadas no desempenho. Alunos com leves problemas no processamento de informações, por exemplo, podem aprender a ler, mas têm dificuldades quando as exigências em torno da compreensão de leitura aumentam. 
> Seu filho enrola ao máximo para começar a fazer a lição de casa? Pode ser uma forma de se poupar de fazer tarefas que são penosas ou impossíveis. 
> Observe ainda se seu filho faz lições com pressa, deixando-as incompletas. 
> Reclamações de cansaço, dor de estômago e outros incômodos para não ir à escola podem indicar desconfortos relacionados ao estresse. 
> Queixas gerais sobre a escola, como dizer que os colegas são chatos, que a professora é injusta, também devem ser observadas. 
> Se seu filho se queixa de que as lições são muito difíceis ou que as aulas são entediantes, ele pode estar com dificuldades para acompanhar a turma. 
> Dependendo do temperamento da criança, as dificuldades de aprendizagem podem ter reflexos no comportamento e em seu humor. Problemas como medo, raiva ou ansiedade excessivas devem ser investigados, assim como atitudes antissociais e escapistas. 
> Perda de confiança e de autoestima são os “efeitos colaterais” mais comuns de dificuldades de aprendizagem. Estudantes com baixo desempenho a longo prazo tendem a se ver como incapazes de aprender. Fique atento quando ouvir de seu filho frases como: “Sou burro mesmo”, “Não tenho jeito”, “Não consigo fazer nada direito”. 
Fontes: Sandra Torresi, da Universidade de Morón, e o livro “Dificuldades de Aprendizagem de A-Z: Guia Completo para Educadores e Pais”, de Corine Smith e Lisa Strick (Ed. Penso). 

COMO LIDAR COM CRIANÇAS COM DIFICULDADES NA APRENDIZAGEM


O termo 'dificuldade de aprendizagem' começou a ser usado na década de 60 e até hoje - na maioria das vezes - é confundido por pais e professores como uma simples desatenção em sala de aula ou 'espírito bagunceiro' das crianças. Mas a dificuldade de aprendizagem refere-se a um distúrbio - que pode ser gerado por uma série de problemas cognitivos ou emocionais - que pode afetar qualquer área do desempenho escolar.

Na maioria dos casos é o professor o primeiro a identificar que a criança está com alguma dificuldade, mas os pais e demais membros da família devem ficar atentos ao desenvolvimento e ao comportamento da criança.
Segundo especialistas, as crianças com dificuldades de aprendizagem podem apresentar desde cedo um maior atraso no desenvolvimento da fala e dos movimentos do que o considerado 'normal'.
Mas os pais têm que ter cuidado para não confundir o desenvolvimento normal com a dificuldade de aprender. A psicóloga Maura Tavares Rech, especialista em psicoterapia infantil, afirma que "toda a criança tem um processo diferente de desenvolvimento - umas aprendem a andar mais cedo, outras falam mais cedo - e isso é absolutamente normal, não existe um 'padrão' de desenvolvimento. Portanto é importante que os pais respeitem o desenvolvimento geral da criança. Nesta fase o pediatra torna-se um grande aliado dos pais", diz a psicóloga.
Crianças com dificuldades de aprendizagem geralmente apresentam desmotivação e incômodo com as tarefas escolares gerados por um sentimento de incapacidade, que leva à frustração.
Neste caso, a orientação da psicóloga é de "valorizar o que a criança sabe para fortalecer sua auto-estima". Mostrar para a criança o quanto ela e boa em tarefas na qual ela tem habilidade e incentivá-la a desenvolver outras tarefas nas quais ela não é tão boa, é fundamental.
"Os pais têm que dar segurança e atenção para ensinar a criança a aceitar as frustrações", diz Maura. Criar um ambiente adequado para que ela desenvolva o estudo e estabelecer limite de horários para a realização das tarefas são outras dicas importantes da psicóloga.
Mas não se deve confundir dificuldade de aprendizagem com falta de vontade de realizar as tarefas. Maura afirma que problemas de aprendizagem podem ser causados por uma simples preferência por determinadas disciplinas ou assuntos. "Nestes casos um professor particular pode, muitas vezes, resolver o problema", diz ela.
Se os pais acreditam que seu filho apresenta dificuldades de aprendizagem, devem procurar um profissional para receber as orientações.
Neste caso, os psicólogos com especialização em clinica infantil, são os profissionais adequados para realizar uma avaliação e tratar da criança, se o problema for gerado por fator emocional. Caso o diagnóstico da criança for dificuldade cognitiva, a criança deve ser encaminhada para um psicopedagogo que poderá ajudar no desenvolvimento dos processos de aprendizagem.
Para obter resultados concretos é preciso ser feito um trabalho em conjunto entre pais, psicólogos, escolas e professores, que deverão estar envolvidos com um único objetivo: ajudar a criança. E é imprescindível que os pais conheçam seus filhos e conversem freqüentemente com eles para que possam detectar quando algo não vai bem.