sábado, 15 de outubro de 2011

BULLYING NA EDUCAÇÃO






Bullying é um ato caracterizado pela violência física e/ou psicológica, de forma intencional e continuada, de um individuo, ou grupo contra outro(s) individuo(s), ou grupo(s), sem motivo claro.
A palavra “Bullying” é de origem inglesa.
No Brasil, a palavra “Bullying” é utilizada principalmente em relação aos atos agressivos entre alunos e/ou grupos de alunos nas escolas. Até pouco tempo, o que hoje reconhecemos como Bullying, era visto como fatos isolados, “briguinhas de criança”, e normalmente família e escola não tomavam atitude nenhuma a respeito.
Atualmente o Bullying é reconhecido como problema crônico nas escolas, e com consequências sérias, tanto para vitimas, quanto para agressores.
As formas de agressão entre alunos são as mais diversas, como empurrões, pontapés, insultos, espalhar histórias humilhantes, mentiras para implicar a vitima a situações vexatórias, inventar apelidos que ferem a dignidade, captar e difundir imagens (inclusive pela internet), ameaças (enviar mensagens, por exemplo), e a exclusão.
Entre os meninos, os tipos de vitimação são mais de cunho físico. Ainda que não efetivada a agressão, os agressores costumam ameaçar, meter medo em suas vitimas.
Já as meninas agressoras costumam espalhar rumores mentirosos, ou ameaçarem e espalharem segredos para causar mal estar.
As ameaças podem vir acompanhadas de extorsão, chantagem para obter dinheiro, sobretudo com alunos de 6º e 7º ano.
Tanto vitimas, quanto agressores podem sofrer consequências psicológicas desta situação de abuso, porém o que normalmente acontece, é que todas as atenções dos responsáveis (pais e professores) se voltem para o agressor, visto como um marginal em potencial, e a vitima é esquecida.
O Bullying atrapalha inclusive a aprendizagem, sendo que normalmente os agressores são as crianças com maior porcentagem de reprovação.
Os casos de agressão, que acontecem por um período maior devem ser encaminhadas para atendimento psicológico.


Bullying


O número de casos de violência nas escolas aumenta a cada ano. Dentre esses casos, destaca-se o Bullying, que é o conjunto de atividades repetitivas, adotadas por um ou mais alunos contra outro(s), causando dor, angústia e sofrimento.
Apesar de toda a repercussão e de alguns casos evidenciando este tipo de violência, oBullying ainda é visto como brincadeira de criança. É importante, porém, salientar que este comportamento não deve ser considerado de tal forma. O Bullying pode causar graves transtornos mentais e de personalidade em suas vítimas.
Além de estar presente em grande parte das escolas, o Bullying também pode ser encontrado dentro do contexto familiar e no ambiente de trabalho, entretanto, muitas pessoas não sabem como reconhecer e lidar com esse problema.

O que é Bullying?


Bullying é um termo da língua inglesa (bully = “valentão”) que se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder.
bullying se divide em duas categorias: a) bullying direto, que é a forma mais comum entre os agressores masculinos e b) bullying indireto, sendo essa a forma mais comum entre mulheres e crianças, tendo como característica o isolamento social da vítima. Em geral, a vítima teme o(a) agressor(a) em razão das ameaças ou mesmo a concretização da violência, física ou sexual, ou a perda dos meios de subsistência.
bullying é um problema mundial, podendo ocorrer em praticamente qualquer contexto no qual as pessoas interajam, tais como escola, faculdade/universidade, família, mas pode ocorrer também no local de trabalho e entre vizinhos. Há uma tendência de as escolas não admitirem a ocorrência do bullyingentre seus alunos; ou desconhecem o problema ou se negam a enfrentá-lo. Esse tipo de agressão geralmente ocorre em áreas onde a presença ou supervisão de pessoas adultas é mínima ou inexistente. Estão inclusos no bullying os apelidos pejorativos criados para humilhar os colegas.
As pessoas que testemunham o bullying, na grande maioria, alunos, convivem com a violência e se silenciam em razão de temerem se tornar as “próximas vítimas” do agressor. No espaço escolar, quando não ocorre uma efetiva intervenção contra o bullying, o ambiente fica contaminado e os alunos, sem exceção, são afetados negativamente, experimentando sentimentos de medo e ansiedade.
As crianças ou adolescentes que sofrem bullying podem se tornar adultos com sentimentos negativos e baixa autoestima. Tendem a adquirir sérios problemas de relacionamento, podendo, inclusive, contrair comportamento agressivo. Em casos extremos, a vítima poderá tentar ou cometer suicídio.
O(s) autor(es) das agressões geralmente são pessoas que têm pouca empatia, pertencentes à famílias desestruturadas, em que o relacionamento afetivo entre seus membros tende a ser escasso ou precário. Por outro lado, o alvo dos agressores geralmente são pessoas pouco sociáveis, com baixa capacidade de reação ou de fazer cessar os atos prejudiciais contra si e possuem forte sentimento de insegurança, o que os impede de solicitar ajuda.
No Brasil, uma pesquisa realizada em 2010 com alunos de escolas públicas e particulares revelou que as humilhações típicas do bullying são comuns em alunos da 5ª e 6ª séries. As três cidades brasileiras com maior incidência dessa prática são: Brasília, Belo Horizonte e Curitiba.
Os atos de bullying ferem princípios constitucionais – respeito à dignidade da pessoa humana – e ferem o Código Civil, que determina que todo ato ilícito que cause dano a outrem gera o dever de indenizar. O responsável pelo ato de bullying pode também ser enquadrado no Código de Defesa do Consumidor, tendo em vista que as escolas prestam serviço aos consumidores e são responsáveis por atos debullying que ocorram dentro do estabelecimento de ensino/trabalho.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

CONHEÇA OS TIPOS DE TDAH


TDAH - Tipo Desatento
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Desvia facilmente a atenção do que está fazendo e comete erros por prestar pouca atenção a detalhes. Muitas vezes distrai-se com seus próprios devaneios ou então um simples estímulo externo tira a pessoa do que está fazendo. 
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Dificuldade de concentração em palestras, aulas, leitura de livros... (dificilmente termina um livro, a não ser que o interesse muito). 
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Às vezes parece não ouvir quando o chamam (muitas vezes é interpretado como egoísta, desinteressado...) 
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Durante uma conversa pode distrair-se e prestar atenção em outras coisas, principalmente quando está em grupos. Às vezes capta apenas partes do assunto; outras, enquanto “ouve” já está pensando em outra coisa e interrompe a fala do outro. 
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Relutância em iniciar tarefas que exijam longo esforço mental.
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Dificuldade em seguir instruções, em iniciar, completar e só então, mudar de tarefa (muitas vezes é visto como irresponsável). 
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Dificuldade em organizar-se com objetos (mesa, gavetas, arquivos, papéis...) e com o planejamento do tempo (costuma achar que é 10 e que o dia tem 48h). 
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Problemas de memória a curto prazo: perde ou esquece objetos, nomes, prazos, datas... Durante uma fala, pode ocorrer um “branco” e a pessoa esquecer o que ia dizer.

TDAH - Tipo Hiperativo-Impulsivo
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Inquietação – mexer as mãos e/ou pés quando sentado, musculatura tensa, com dificuldade em ficar parado num lugar por muito tempo. Costuma ser o “dono” do controle remoto. 
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Faz várias coisas ao mesmo tempo, está sempre a mil por hora, em busca de novidades, de estímulos fortes. Detesta o tédio. 
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Consegue ler, assistir televisão e ouvir música ao mesmo tempo. Muitas vezes é visto como imaturo, insaciável. 
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Pode falar, comer, comprar,... compulsivamente e/ou sobrecarregar-se no trabalho. Muitos acabam estressados, ansiosos e impacientes: são os workaholics. 
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Tendência ao vício: álcool, drogas, jogos, Internet e salas de bate papo... 
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Interrompe a fala do(s) outro(s); sua impaciência faz com que responda perguntas antes mesmo de serem concluídas. 
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Costuma ser prolixo ao falar, perde sua objetividade em mil detalhes, sem perceber como se comunica. No entanto, não tem a menor paciência em ouvir alguém como ele, sem dar-se conta que é igual. 
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Baixo nível de tolerância: não sabe lidar com frustrações, com erros (nem os seus, nem dos outros). Muitas vezes sente raiva e se recolhe. 
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Impaciência: não suporta esperar ou aguardar por algo: filas, telefonemas, atendimento em lojas, restaurantes..., quer tudo para “ontem”. 
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Instabilidade de humor: ora está ótimo, ora está péssimo, sem que precise de motivo sério para isso. Os fatores podem ser externos ou internos, uma vez que costuma estar em eterno conflito. 
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Dificuldade em expressar-se: muitas vezes as palavras e a fala não acompanham a velocidade da sua mente. Muitos quando estão em grupo, falam sem parar sem se dar conta que outras pessoas gostariam de emitir opiniões, fazer colocações e o que deveria ser um diálogo, transforma-se num monólogo que só interessa a quem está falando.


Características do Tipo Combinado































































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Apresenta as características combinadas de desatenção, hiperatividade e impulsividade.


TDAH e hiperatividade - como é o diagnóstico?


                O diagnóstico do TDAH (DDA) - Déficit de Atenção começa com uma extensa análise clínica do caso por um especialista em TDAH e co-morbidades, quando são analisadas as características cognitivas, comportamentais e emocionais relacionadas à presença ou não da impulsividade, hiperatividade e impulsividade.
             A partir daí, a depender das características do caso, o especialista pode solicitar outros testes e exames, desde exames físicos até avaliação cognitiva, neuropsicológica, comportamental e/ou emocional. Conheça os procedimentos do IPDA e programas de avalição / testes para DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
                O diagnóstico do TDAH não deve ser baseado exclusivamente em listas de sintomas - apenas ter muitos dos sintomas não significa que, necessariamente, alguém é portador do TDAH. Há várias outras causas que podem mimetizar os sintomas do TDAH ou até mesmo ocorrerem simultaneamente a ele - o que é chamado de co-morbidade. Além disso, há mais de um tipo de TDAH.         
Um bom diagnóstico é pré-requisito para o sucesso do tratamento.  Um diagnóstico completo só pode ser realizado por um especialista. Se houver suspeita de TDAH, procure um profissional especializado para uma avaliação completa. Somente um especialista podera excluir outros problemas que podem mimetizar os sintomas de TDAH, como falta de atenção, hiperatividade física ou mental, impulsividade, falta de auto-controle, problemas com memória, organização, gerenciamento do tempo, etc. 




Por que é difícil diagnosticar TDAH (DDA) e hiperatividade?




                            O diagnóstico de TDAH é um dos mais difíceis de serem feitos, pois há muitos outros problemas que podem mimetizar seus sintomas. Por esta razão é necessário fazer um bom Diagnóstico Diferencial, que conclui tratar-se de TDAH após excluir todas as outras alternativas. 
                   A análise clínica do caso deve ser extensa - ou seja, não é possível fazer diagnóstico em uma sessão rápida, apenas checando a lista de sintomas. Além da análise clínica, o especialista poderá solicitar exames complementares, para identificar problemas simultâneos ao TDAH ou excluir outras possibilidades.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

CURRÍCULO EM PRETO E BRANCO: INDICAÇÕES PARA UM CURRÍCULO INCLUSIVO


           Este estudo pontua questões acerca do currículo inclusivo no contexto da contemporaneidade, a partir da análise das "Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana", oriundas da Lei 10.693/03. 
             Discute sob que condições, descritas no próprio documento, a Educação se apropria dessas diretrizes. E ainda, sob que condições a criação de diretrizes curriculares específicas para uma determinada porção da população contribuem para diminuir possíveis tensões étnico-raciais, e garantem, de fato, uma educação inclusiva. A partir da análise do discurso, este estudo propõe elementos para uma reflexão mais abrangente sobre as indicações apresentadas nestas diretrizes. Na verdade, pontuam-se elementos que permitam entender a "escola inclusiva" (isto é, caso tenha essa identidade) como um espaço acolhedor, aberto, preparado e disposto a atender as "diferenças" de cada um, integrando TODOS sem distinção, num processo de melhoria constante da qualidade do ensino e da aprendizagem, ampliando o potencial de educabilidade dos alunos.
                Nas últimas décadas, em especial, tem-se observado no discurso pedagógico uma tendência à denúncia e à crítica da escola, apontada como uma das responsáveis pela exclusão social. A prática de exclusão social é apontada no documento “Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana, oriunda da Lei 10.639/03. Este documento afirma que a sociedade e a educação precisam promover políticas e reparação a fim de ”ressarcir os descendentes de africanos negros, dos danos psicológicos, materiais, sociais, políticos e educacionais sofridos sob o regime escravista...”, e promover...”justiça e iguais direitos sócias, civis, culturais e econômicos”.
                    Clama-se por uma escola dita “igualitária” que garanta atendimento igual para todos. (Vale lembrar que igual não significa “o mesmo”. Quando igualdade é entendida como sinônimo de “o mesmo”, instaura-se o preconceito e a discriminação.) Curiosamente, em meio a esses discurso, emerge por parte da escola (e dos educadores) a opção pelos “pobres”. (“Pobres” aqui entendidos como as minorias étnicas e sociais).
Essa defesa das minorias, pela escola, (re) coloca como pano de fundo a questão da estruturação do currículo escolar.  Teria este que tomar partido ou apenas fazer cumprir a prerrogativa de ser (a escola) lugar de exercício do “direito de todos?” Definir ou caracterizar esses “todos”, não seria tendencioso?
                    A LDB, antes da Lei 10.639/03, em seu 26º Artigo já garantia que “ O ensino de História levará em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das matizes indígenas, africana e européia” (o grifo é nosso).  Pergunta-se, então, por que a criação de uma lei para garantir o que já estava garantido?
                       O documento em pauta ainda afirma que “tais políticas têm, também, como meta o direito dos negros, assim como de todos os cidadãos brasileiros, cursarem cada um dos níveis do ensino, em escolas devidamente instaladas e equipadas...”. Não estariam os negros incluídos no “todos os demais cidadãos brasileiros?” A igualdade de acesso à educação é garantida pela Constituição Federal a TODOS os indivíduos (a palavra “todos” por si só inclui a idéia de coletividade). A forma como o texto está estruturado evidencia um esforço para demonstrar que as alterações no currículo de história se fazem necessárias para suprir uma suposta “não inclusão” dos negros na educação e sociedade.
                  É interessante pontuar que o documento propõe que se assegurem os “direitos dos negros se reconhecerem na cultura nacional, expressarem sua visão de mundo própria, manifestarem com autonomia, individual e coletiva, seus pensamentos”. Esta postura, na perspectiva do discurso, singulariza uma parcela da população atribuindo a ela um olhar diferente dos demais. A partir do conteúdo desse discurso parece legítimo questionar se os “ditos” negros são uma parcela da população à parte ou são constituintes, no sentido antropológico e social, desta mesma população. Segregar o que já é constituinte seria, realmente, na perspectiva das políticas curriculares, uma “prática inclusiva?”.
                 O documento atribui à escola na produção da “inclusão dos negros” no sistema educacional, algumas responsabilidades, a saber: “... deverá posicionar-se politicamente... contra toda e qualquer forma de discriminação” (onde ficaria o posicionar-se pedagogicamente?), “acabar com o modo falso e reduzido de tratar a contribuição dos africanos escravizados e de seus descendentes para a construção da nação brasileira (...), fiscalizar para que, no seu interior, os alunos negros deixem de sofrer os primeiros e continuados atos de racismo de que são vítimas” entre outras. A escola é vista como principal, senão único, lócus de eliminação de uma suposta desigualdade educacional entre negros e “não negros”.
                 Sobre a política de ressarcimento e de inclusão enfatiza-se “Sem a intervenção do Estado, os postos à margem, entre eles os afro-descendentes, dificilmente, e as estatísticas mostram sem deixar dúvida, romperão o sistema meritrocrático que agrava desigualdades e gera injustiça, ao reger-se por critérios de exclusão, fundados em preconceitos e manutenção de privilégios para os sempre privilegiados”.  Esta afirmativa possibilita refletir: a capacidade cognitiva humana varia de acordo com a cor da pele e com a postura ideológica? Não se estaria desvalorizando a capacidade cognitiva dos afros-descendentes, ao afirmar que precisam de condições e diretrizes especiais que norteiem as práticas educativas a eles dirigidas? Pode-se estabelecer uma relação linear entre “minorias” e desigualdades sociais?
                   As questões relacionadas à proposição de estruturas curriculares que tenham o respeito à individualidade como princípio implicam ações administrativo-pedagógicas que parecem estar para além das alterações na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. 



Tyara Carvalho de Oliveira, Leandro Alves dos Santos,  Amélia Escotto do Amaral Ribeiro


http://www.psicopedagogia.com.br/opiniao/opiniao.asp?entrID=679

domingo, 26 de junho de 2011

SÍNDROME DE BURNOUT


              A síndrome de Burnout (do inglês to burn out, queimar por completo), também chamada de síndrome do esgotamento profissional, foi assim denominada pelo psicanalista nova-iorquino, Freudenberger, após constatá-la em si mesmo, no início dos anos 1970.
              A dedicação exagerada à atividade profissional é uma característica marcante de Burnout, mas não a única. O desejo de ser o melhor e sempre demonstrar alto grau de desempenho é outra fase importante da síndrome: o portador de Burnout mede a auto-estima pela capacidade de realização e sucesso profissional. O que tem início com satisfação e prazer, termina quando esse desempenho não é reconhecido. Nesse estágio, necessidade de se afirmar, o desejo de realização profissional se transforma em obstinação e compulsão

ESTÁGIOS

São doze os estágios de BURNOUT

·        Necessidade de se afirmar;
·        Dedicação intensificada - com predominância da necessidade de fazer tudo sozinho;
·        Descaso com as necessidades pessoais - comer, dormir, sair com os amigos começam a perder o sentido;
·        Recalque de conflitos - o portador percebe que algo não vai bem, mas não enfrenta o problema. É quando ocorrem as manifestações físicas;
·        Reinterpretação dos valores - isolamento, fuga dos conflitos. O que antes tinha valor sofre desvalorização: lazer, casa, amigos, e a única medida da auto-estima é o trabalho;
·        Negação de problemas - nessa fase os outros são completamente desvalorizados e tidos como incapazes. Os contatos sociais são repelidos, cinismo e agressão são os sinais mais evidentes;
·        Recolhimento;
·        Mudanças evidentes de comportamento;
·        Despersonalização;
·        Vazio interior;
·        Depressão - marcas de indiferença, desesperança, exaustão. A vida perde o sentido;
·        E, finalmente, a síndrome do esgotamento profissional propriamente dita, que corresponde ao colapso físico e mental. Esse estágio é considerado de emergência e a ajuda médica e psicológica uma urgência.

SINTOMAS

              Os sintomas são variados: fortes dores de cabeça, tonturas, tremores, muita falta de ar, oscilações de humor, distúrbios do sono, dificuldade de concentração, problemas digestivos. Segundo Dr. Jürgen Staedt, diretor da clínica de psiquiatria e psicoterapia do complexo hospitalar Vivantes, em Berlim, parte dos pacientes que o procuram com depressão são diagnosticados com a síndrome do esgotamento profissional.
              O professor de psicologia do comportamento Manfred Schedlowski, do Instituto Superior de Tecnologia de Zurique (ETH), registra o crescimento de ocorrência de "Burnout" em ambientes profissionais, apesar da dificuldade de diferenciar a síndrome de outros males, pois ela se manifesta de forma muito variada: "Uma pessoa apresenta dores estomacais crônicas, outra reage com sinais depressivos; a terceira desenvolve um transtorno de ansiedade de forma explícita", e acrescenta que já foram descritos mais de 130 sintomas do esgotamento profissional.
              Burnout é geralmente desenvolvida como resultado de um período de esforço excessivo no trabalho com intervalos muito pequenos para recuperação. Pesquisadores parecem discordar sobre a natureza desta síndrome. Enquanto diversos estudiosos defendem que burnout refere-se exclusivamente a uma síndrome relacionada à exaustão e ausência de personalização no trabalho, outros a percebem como um caso especial da depressão clínica mais geral ou apenas uma forma de fadiga extrema (portanto omitindo o componente de despersonalização).
              Trabalhadores da área de saúde são freqüentemente propensos ao burnout. Cordes e Doherty (1993), em seu estudo sobre esses profissionais, encontraram que aqueles que têm freqüentes interações intensas ou emocionalmente carregadas com outros estão mais suscetíveis.
              Os estudantes são também propensos ao burnout nos anos finais da escolarização básica (ensino médio) e no ensino superior; curiosamente, este não é um tipo de burnout relacionado com o trabalho, mas com o estudo intenso continuado com privação do lazer, de atividades lúdicas, ou de outro equivalente de fruição hedônica. Talvez isto seja melhor compreendido como uma forma de depressão.
              Os trabalhos com altos níveis de stress ou consumição podem ser mais propensos a causar burnout do que trabalhos em níveis normais destress ou esforço. Taxistas, bancários, controladores de tráfego aéreo, engenheiros, músicos, professores e artistas parecem ter mais tendência ao burnout do que outros profissionais.
              Os médicos parecem ter a proporção mais elevada de casos de burnout (de acordo com um estudo recente no Psychological Reports, nada menos que 40% dos médicos apresentavam altos níveis de burnout).
              A chamada Síndrome de Burnout é definida por alguns autores como uma das conseqüências mais marcantes do estresse ou desgaste profissional, e se caracteriza por exaustão emocional, avaliação negativa de si mesmo, O termo Burnout é uma composição de burn=queima e out=exterior, sugerindo assim que a pessoa com depressão e insensibilidade com relação a quase tudo e todos (até como defesa emocional). Esse tipo de estresse consome-se física e emocionalmente, passando a apresentar um comportamento agressivo e irritadiço.
              Essa síndrome se refere a um tipo de estresse ocupacional e institucional com predileção para profissionais que mantêm uma relação constante e direta com outras pessoas, principalmente quando esta atividade é considerada de ajuda (médicos, enfermeiros, professores).
              Outros autores, entretanto, julgam a Síndrome de Burnout algo diferente do estresse genérico. De modo geral, esse quadro é considerado de apatia extrema e desinteresse, não como sinônimo de algum tipo de estresse, mas como uma de suas conseqüências bastante sérias.
              De fato, esta síndrome foi observada, originalmente, em profissões predominantemente relacionadas a um contacto interpessoal mais exigente, tais como médicos, psicólogos, carcereiros, assistentes sociais, comerciários, professores, atendentes públicos, enfermeiros, funcionários de departamento de pessoal, telemarketing e bombeiros. Hoje, entretanto, as observações já se estendem a todos profissionais que interagem de forma ativa com pessoas, que cuidam ou solucionam problemas de outras pessoas, que obedecem a técnicas e métodos mais exigentes, fazendo parte de organizações de trabalho submetidas à avaliações.
              Definida como uma reação à tensão emocional crônica gerada a partir do contato direto, excessivo e desgastante ou estressante com o trabalho, essa doença faz com que a pessoa perca a maior parte do interesse em sua relação com o trabalho, de forma que as coisas deixam de ter importância e qualquer esforço pessoal passa a parecer inútil.
              Entre os fatores aparentemente associados ao desenvolvimento da Síndrome de Burnout está a pouca autonomia no desempenho profissional, problemas de relacionamento com as chefias, problemas de relacionamento com colegas ou clientes, conflito entre trabalho e família, sentimento de desqualificação e falta de cooperação da equipe.
              Alguns autores defendem a Síndrome de Burnout como sendo diferente do estresse, alegam que esta doença envolve atitudes e condutas negativas com relação aos usuários, clientes, organização e trabalho, enquanto o estresse apareceria mais como um esgotamento pessoal com interferência na vida do sujeito e não necessariamente na sua relação com o trabalho. Outros julgam essa Síndrome de Burnout seria a conseqüência mais depressiva do estresse desencadeado pelo trabalho.


A SÍNDROME DE BURNOUT NOS PROFESSORES

              A burnout de professores é conhecida como uma exaustão física e emocional que começa com um sentimento de desconforto e pouco a pouco aumenta à medida que a vontade de lecionar gradualmente diminui. Sintomaticamente, a burnout geralmente se reconhece pela ausência de alguns fatores motivacionais: energia, alegria, entusiasmo, satisfação, interesse, vontade, sonhos para a vida, idéias, concentração, autoconfiança e humor.
              Um estudo feito entre professores que decidiram não retomar os postos nas salas de aula no início do ano escolar na Virgínia, Estados Unidos, revelou que entre as grandes causas de estresse estava à falta de recursos, a falta de tempo, reuniões em excesso, número muito grande de alunos por sala de aula, falta de assistência, falta de apoio e pais hostis. Em outra pesquisa, 244 professores de alunos com comportamento irregular ou indisciplinado foram instanciados a determinar como o estresse no trabalho afetava as suas vidas. Estas são, em ordem decrescente, as causas de estresses nesses professores:

·        Políticas inadequadas da escola para casos de indisciplina;
·        Atitude e comportamento dos administradores;
·        Avaliação dos administradores e supervisores;
·        Atitude e comportamento de outros professores e profissionais;
·        Carga de trabalho excessiva;
·        Oportunidades de carreiras pouco interessantes;
·        Baixo status da profissão de professor;
·        Falta de reconhecimento por uma boa aula ou por estar ensinando bem;
·        Alunos barulhentos;

Lidar com os pais

Os efeitos do estresse são identificados, na pesquisa, como:

·        Sentimento de exaustão;
·        Sentimento de frustração;
·        Sentimento de incapacidade;
·        Carregar o estresse para casa;
·        Sentir-se culpado por não fazer o bastante;
·        Irritabilidade.

As estratégias utilizadas pelos professores, segundo a pesquisa, para lidar com o estresse são:

·        Realizar atividades de relaxamento;
·        Organizar o tempo e decidir quais são as prioridades;
·        Manter uma dieta equilibrada ou balanceada e fazer exercícios;
·        Discutir os problemas com colegas de profissão;
·        Tirar o dia de folga;
·        Procurar ajuda profissional na medicina convencional ou terapias alternativas.
             
              Quando perguntados sobre o que poderia ser feito para ajudar a diminuir o estresse, as estratégias mais mencionadas foram:

·        Dar tempo aos professores para que eles colaborem ou conversem;
·        Prover os professores com cursos e workshops;
·        Fazer mais elogios aos professores, reforçar suas práticas e respeitar seu trabalho;
·        Dar mais assistência;
·        Prover os professores com mais oportunidades para saber mais sobre alunos com comportamentos irregulares e também sobre as opções de programa para o curso;
·        Envolver os professores nas tomadas de decisão da escola e melhorar a comunicação com a escola.

              Como se pode ver, o burnout de professores relaciona-se estreitamente com as condições desmotivadoras no trabalho, o que afeta, na maioria dos casos, o desempenho do profissional. A ausência de fatores motivacionais acarreta o estresse profissional, fazendo com que o profissional largue seu emprego, ou, quando nele se mantém, trabalhe sem muito apego ou esmero.