domingo, 8 de agosto de 2010

O conhecimento científico sobre as causas do TDAH tem aumentado muito nas últimas décadas.

Já existem inúmeros estudos em todo o mundo - inclusive no Brasil - demonstrando que a prevalência do TDAH é semelhante em diferentes regiões, o que indica que o transtorno não é secundário a fatores culturais (como os pais educam os filhos, as práticas de determinada sociedade, etc.)
Ele também não é conseqüência do modo como os pais educam os filhos ou resultado de conflitos psicológicos.
Estudos com pessoas que tiveram traumatismos, tumores ou doenças na região frontal orbital (a parte anterior do cérebro, logo acima da região dos olhos) e que começaram a apresentar sintomas parecidos com os do TDAH, falam a favor do comprometimento desta área específica.
Estudos de medidas de atividade elétrica cerebral, fluxo sanguíneo ou atividade cerebral por Tomografia por Emissão de Pósitrons (um exame chamado PET-Scan, que não está disponível para uso geral, apenas para pesquisas) têm demonstrado que a atividade cerebral em pacientes com TDAH está diminuída na região frontal, quando comparada com pessoas sem o transtorno. Também existe estudo demonstrando um metabolismo diminuído nas regiões frontais de pacientes com TDAH quando comparados a pacientes com outros transtornos psiquiátricos, o que reforça a idéia de uma alteração específica do TDAH e não um achado ligado a problemas psíquicos ou comportamentais em geral.
O eletroencefalograma (EEG) não mostra alterações que permitam ao médico fazer o diagnóstico de TDAH. Ele não é indicado na avaliação destes pacientes.
A região frontal orbital é uma das mais desenvolvidas no ser humano em comparação com outras espécies animais e parece ser responsável pela inibição do comportamento (isto é, controlar ou inibir comportamentos inadequados), pela capacidade de prestar atenção, auto-controle e planejamento para o futuro.
O que parece estar alterado nesta região cerebral é o funcionamento de um sistema de substâncias químicas chamadas neurotransmissores (principalmente dopamina e noradrenalina). Elas passam informação entre as células nervosas (neurônios). Estudos com o metilfenidato (um medicamento muito empregado no TDAH) mostram que a medicação aumenta a quantidade destas substâncias no cérebro, diminuindo os sintomas do TDAH.

site consulta: http://www.tdah.org.br/causa01.php

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